Há anos, o marketing sensorial tem sido um aliado fundamental na conexão com as emoções dos consumidores, com aromas, texturas e sons. No entanto, em um ambiente cada vez mais digital, como essa experiência sensorial pode ser traduzida para as telas?
 
Continue a leitura e entenda como o marketing sensorial se adapta ao universo digital, desde técnicas já utilizadas até as tendências complexas que o futuro digital reserva.

A neurociência por trás da experiência sensorial digital 

À primeira vista, pode até parecer que o marketing digital se limita a dois sentidos: visão e audição. Banners, vídeos, cores, sons, fontes. Mas a realidade é que os avanços tecnológicos e a criatividade das marcas estão expandindo os limites da experiência sensorial no ambiente online.
 
A eficácia do marketing sensorial digital está fundamentada em sólidas bases da neurociência: o cérebro humano processa informações sensoriais de forma integrada, ou seja, quando uma marca consegue ativar múltiplos canais sensoriais simultaneamente, mesmo no universo digital, ela potencializa o efeito que tem sobre o consumidor através da mensagem transmitida.

Na prática, experiências multissensoriais podem aumentar a intenção de compra e melhorar a lembrança da marca. Não é à toa que gigantes como Apple, Netflix e Nike investem muito em tecnologias que expandem possibilidades sensoriais no universo digital.

Marketing sensorial em ambientes digitais: como aplicar

Nos canais digitais, os sentidos de olfato, paladar e tato parecem ausentes e, por isso, muitas marcas limitam sua estratégia sensorial ao visual e ao som. Mas, a experiência sensorial pode ir além nos ambientes digitais.

O marketing sensorial não se trata de imitar uma experiência física, mas sim de despertar percepções multissensoriais usando os canais disponíveis.
A seguir, confira algumas maneiras de trabalhar o marketing sensorial em ambientes digitais.

1 - Visão
O sentido da visão é o mais explorado digitalmente, mas é possível ir além de apenas um design bonito, entendendo como a imagem ativa emoções.

As cores, por exemplo, podem ser escolhidas com mais intenção: o vermelho, por exemplo, incita a urgência, enquanto o verde, natureza e frescor. É importante unir cores estratégicas muito além da paleta da marca.

O uso de animações é, também, uma excelente maneira de brincar com a visão. Transições suaves e respostas visuais ao clicar ou passar o cursor geram uma experiência mais fluida e orgânica. Essas micro interações simulam a sensação de tato.

Por último, o storytelling visual, por meio de ilustrações e sequências visuais, ajuda a transmitir sensações e contextos que estimulam memórias e emoções.

2 - Som
O som é um dos sentidos mais explorados no ambiente digital, principalmente com a ascensão dos vídeos curtos. Mas, muito além disso, podcasts, voicebots e áudio em sites podem elevar a experiência da marca.

Uma das possibilidades pouco exploradas é a identidade sonora. Assim como as marcas têm uma identidade visual, é possível ter uma espécie de “logo” sonoro. Netflix, Intel e McDonald’s são exemplos claros de como um simples som pode remeter a algo conhecido e transmitir a essência da marca.

O Airbnb, por exemplo, investe em marketing sensorial em seus anúncios, que reproduzem sons característicos dos destinos de viagens promovidos pela empresa. Parece simples, mas faz toda a diferença e é decisivo para a venda.

Da mesma maneira, ao escolher a voz e o tom de assistentes virtuais, anúncios por voz ou respostas automáticas, é preciso considerar exatamente a voz selecionada, o tom, a velocidade e entonação, para alinhar à personalidade da marca.

3 - Tato
O tato é o sentido mais difícil de explorar no entorno digital, mas pode ser sugerido e lembrado através do uso de texturas visuais, efeitos de sombra, profundidade e desenhos 3D.

Além disso, o design UX pode incluir elementos que “lembram” o tato, como botões que mudam de forma, sons que simulam ações físicas e animações que guiam a jornada do cliente.

Experiências revolucionárias de marketing sensorial digital

Com as infinitas possibilidades que surgem com o digital e a tecnologia, algumas marcas já estão se destacando ao criar experiências de marketing sensorial revolucionárias, as quais servem como inspiração.

Áudio espacial

Diferente do áudio estéreo tradicional, essa tecnologia cria uma paisagem sonora tridimensional que posiciona sons específicos em coordenadas virtuais ao redor do usuário.

Marcas de luxo como Louis Vuitton utilizam áudio espacial em suas experiências de e-commerce, criando ambientes sonoros que remetem às suas boutiques físicas. O usuário, ao navegar pela coleção online, é envolvido por uma atmosfera sonora cuidadosamente construída que inclui desde o ruído sutil do tecido até os passos em pisos de mármore.

Feedback háptico

O feedback háptico representa talvez a inovação mais tangível do marketing sensorial digital. Por meio de vibrações controladas, pressão e texturas simuladas, as marcas conseguem literalmente tocar seus consumidores por meio de dispositivos móveis.

Empresas de tecnologia já integram feedback háptico sofisticado em suas estratégias de comunicação. A Tesla, por exemplo, utiliza padrões de vibração específicos em seu aplicativo móvel para simular as sensações de dirigir diferentes modelos de veículos elétricos.

Marcas de bebidas chegam a simular a efervescência de seus produtos via padrões vibratórios específicos.

Vídeo 3D e realidade volumétrica

A evolução do vídeo 3D vai muito além dos óculos de cinema dos anos 2000. Hoje, falamos de realidade volumétrica e vídeo 8K espacial.

Marcas de moda como Balenciaga e Gucci já experimentam desfiles de moda em realidade volumétrica, onde cada consumidor pode assistir à apresentação de qualquer ângulo, aproximar-se das peças e até mesmo "vestir" virtualmente os looks por meio de AR integrada.

Esta tecnologia é particularmente poderosa para marcas de automóveis, que podem permitir aos potenciais compradores explorar cada detalhe de um veículo em uma experiência que rivaliza com a visita ao showroom.

Estratégias de implementação

A implementação efetiva do marketing sensorial digital exige uma abordagem estratégica estruturada. É crucial mapear a jornada sensorial do consumidor, identificando momentos-chave onde experiências multissensoriais podem potencializar o engajamento.

Ainda, a escolha tecnológica deve ser orientada pelo perfil do público-alvo. Audiências mais jovens respondem bem a experiências complexas, enquanto públicos mais amplos podem se beneficiar de implementações mais sutis, como áudio em websites.

Agora que você entendeu que o marketing sensorial digital é uma abordagem em crescimento que vem ganhando cada vez mais espaço, é importante frisar que marcas que conseguirem dominar essa linguagem multissensorial o quanto antes terão vantagem significativa na construção de relacionamentos duradouros com seus consumidores.

Para implementar estratégias direcionadas perfeitamente à sua marca e ao seu público-alvo, entre em contato com a Emotive e vamos, juntos, elevar o potencial da sua marca!